domingo, 25 de janeiro de 2009

Histórias de Músico


Numa festa social, dois sujeitos conversam:
"- Olá, tudo bem?
- Sim, e vc, como vai?
- Vou bem. Me disseram que vc é músico?
- Sim.
- Nossa, e que instrumento vc toca?
- Toco ZABUMBA.
- E toca em quais orquestras?
- Na OSESP e na OSUSP.
- Que beleza, hein? Deve ser cansativo, não?
- É o trabalho, né?
- Realmente, admiro vcs músicos, grande profissão essa. Até queria que meu filho fizesse música, mas o garoto não tem jeito, insiste que quer ser médico ou advogado.
- Ah, hoje em dia é assim, a garotada não tem jeito. Mas, e vc, o que faz da vida?
- Eu sou médico.
- Jura? Mas como assim?
- Trabalho no Hospital das Clínicas.
- Clínicas..., não conheço. E faz o que lá?
- Sou cardiologista.
- Mas vc tem um emprego não tem?
- Então, trabalho no hospital.
- Nas horas vagas?
- Não. Esse é o meu emprego.
- Mas ganha pra isso?
- Ganho sim, dá pra viver.
- E vc não estudou? Não quis saber de faculdade?
- Estudei, fiz faculdade de medicina.
- Ah, é? Não sabia que tinha. Que interessante. Sabe, eu fui médico amador quando era jovem, uma vez fiz até uma operação num rapaz que tinha sido atropelado. Usei uma flanela de carro pra estancar o sangue e uma faca pra abrir a barriga do rapaz e parar a hemorragia. Eu até gostava, mas não levava muito jeito pra coisa. E ai minha mãe até disse: "Larga disso, garoto, vai estudar música".
- É..., queria ter tido uma mãe assim."
O engraçado é que o contrário não é ridículo.

3 comentários:

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  2. "Perguntam a garota:
    - querida, o que você faz para ganhar a vida?
    -música
    -...e mais o que?!"

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  3. Estereótipos de músicos

    Maestro - Sujeito magro, porte austero. Veste-se muito bem, adoraria usar
    roupas mais confortáveis, mas a imagem não permite. Oculos é obrigatório.
    Careca (ou quase). Um cara normalmente chato, aquele que só é convidado
    para o 'choppinho de depois do concerto' por obrigação. Olha a todos de
    cima, mas adoraria ser popular. Suas piadas não têm graça nenhuma, mas
    todos riem. Em suma, é o idolo do violinista, mas, no fundo
    no fundo, admira o trompetista. Carro preto ou prateado do ano.

    Oboísta - Todo oboísta queria ser maestro, mas a timidez o impede. Sempre
    muito reservado, necessita ter tudo sob controle. Perfeccionista por
    natureza.
    Dedos finos e cabelo sempre bem alinhado. Fica sempre meia hora depois do
    ensaio, limpando o instrumento. Vai à manicure, mas é segredo! Seu
    momento de glória é dar o Lá para afinar a orquestra.

    Violinista - Alto, sempre com um pinta de importante. Adoraria ser
    maestro, mas acha uma posição muito inferior ao seu talento. Considera-se
    o mais importante da orquestra e tudo que diz reforça essa tese. Antes do
    ensaio, toca sempre partes do concerto de Brahms, para impressionar os
    outros violinistas. Quando o maestro chama a atenção de outro naipe, o
    violinista sempre dá um sorriso sarcástico, quase
    imperceptível. Sai de cada ensaio com o orgulho de 'dever cumprido' e vai
    para casa - um apartamento minúsculo -, onde uma foto da mãe está acima
    do espelho gigante na sala.

    Violoncelista - É um cara legal. Um amigo para toda hora, mas muito
    fofoqueiro. Sabe da vida de todos da orquestra. Adora tocar solos de
    violino nos harmonicos só para irritar os violinistas. Loiro, o cellista
    é mais charmoso do que bonito. Acha-se um
    privilegiado por não ter que levantar no final do concerto e é vaidoso.

    Violista - É o coitado da orquestra. Introvertido, olhar triste. O
    maestro nunca lhe
    chama a atenção: afinal a parte a viola não tem importância mesmo.
    Começou na música com sonhos ambiciosos de ser um violinista de sucesso,
    mas por falta de talento ou estudo trocou para a viola e, desde então, é
    um frustrado. Juntamente com o pianista
    acompanhador, é um suicida em potencial, mas sem coragem para o ato.
    Carrega sempre o estojo surrado com a viola e sempre responde com um
    sorriso amarelo a pergunta 'você toca violino?'. Um segredo: todo
    violista tem um bom coração, mas ninguém percebe.

    Contrabaixista - Baixinho e temperamental. Escolheu o contrabaixo para
    'impor respeito', mas o tiro saiu pela culatra. Estuda somente nos
    ensaios, a não ser que tenha que tocar uma peça barroca, onde é o único a
    tocar o baixo. Acha-se importante por sustentar toda a orquestra, mas na
    verdade sabe que ninguém o ouve. Sempre com camisa branca e cabelo curto.
    Toca baixo elétrico secretamente.

    Violonista - O melhor amigo de todo mundo. Companhia perfeita para o
    choppinho da tarde. Rabo de cavalo e óculos escuros são pré- requisitos.
    Relaxado e 'eclético', mas odeia ser chamado de guitarrista. Tem vários
    amigos e várias namoradas. Jura que toca
    um instrumento clássico, mas não hesita em aceitar fazer 'cachê' em
    barzinho de bossa nova. Passat velho ou bicicleta.

    Pianista acompanhador - Olhar cabisbaixo, terno preto e surrado. Cabelos
    castanhos e despenteados. Carrega sempre uma pastinha com partituras.
    Odeia cantores, afinal 'Não sabem contar'. Autoestima em baixa, é um
    suicida em potencial. Jura que nunca mais
    vai aceitar tocar 'em cima da hora', mas sempre aceita uma emergência.
    Vive com a esperança de que alguém finalmente reconheça seu trabalho duro
    - o que nunca
    acontece.

    Pianista solista - Cabelo preto e curto. Sempre ocupado porque precisa
    'estudar'. Nunca vai a festas, e, quando aparece, vem sozinho e sai mais
    cedo. Quando olhamos em seus olhos, nunca sabemos o que está se passando
    pela sua cabeça. Tem um papo agradável, mas é um alienado em relação a
    assuntos extra-musicais. Adora comparar gravações de outros pianistas.
    Tem sempre uma ou duas cantoras apaixonadas por ele, mas está sempre
    muito ocupado para relacionamentos. Admirado pelos violinistas, acha
    tocar música de câmara uma perda de tempo.

    Organista - Cabelos completamente desalinhados, barba por fazer ou mulher
    sempre desalinhada, Sempre correndo de um lado a outro carragando dezenas
    de partituras fora de ordem. Vive num mundo à parte. Óculos somente para
    leitura. Roupas amassadas e surradas. Um desavisado diria que é um
    professor de química ou um gênio incompreendido. Odeia pianistas.
    Solitário, mas fala pelos cotovelos, quando o assunto é dedilhado ou
    afinação da Renascenca.
    'Deus é Buxtehude, Bach já foi prostituído pelos pianistas.'

    Harpista - Mulher, magra, e bem branca, com cabelos desalinhados. Muito
    tímida, nunca é vista entrando ou saindo dos ensaios, mas está sempre lá.
    Usa sempre vestidos compridos e meio 'fora de moda', mas tem um sorriso
    simpático. Seu carro tem vários
    adesivos com harpas por todo lado. Adora chat rooms. Ninguém conhece seu
    namorado, mas ele está sempre por perto para colocar a harpa no carro
    depois do concerto.

    Trombonista - Cabelo castanho e um pouco acima do peso. Sempre com uma
    piada na ponta da língua, o trombonista adora churrasco e a companhia de
    amigos. Adora Mahler, acha Beethoven meio devagar e morre de medo do
    Bolero de Ravel. Tem pelo menos um cachorro
    em casa e sempre que pode coloca um glissando só pra 'dar um toque
    especial'.

    Trompetista - Adora sair para tomar cerveja com os amigos. Chega sempre
    atrasado no ensaio, mas nunca ninguém percebe. Os churrascos são sempre
    na sua casa. Se o maestro não está presente, fica sempre tocando a nota
    mais aguda possível para se mostrar. Tem os lábios rachados e usa isso
    para paquerar. Está sempre andando pelos bastidores fazendo
    'prrrrrrrrrft' com seu bocal.

    Soprano - Gorda e metida não são adjetivos educados para se caracterizar
    uma soprano. Elas são avantajadas fisicamente e temperamentais. Têm que
    ser o centro das atenções - no palco e fora do palco. São invejadas pelas
    contraltos e adoram isso. São amantes
    excelentes, péssimas esposas. Se vestem com roupas chamativas, adoram
    chapéus. Preferem champagne ao vinho e não sabem ler partitura: afinal
    aprendem tudo com o 'ouvido maravilhosos que Deus lhe deu'. Andam sempre
    acompanhadas de seu pianista-acompanhador preferido, que chamam de
    'maestro'.

    Tenor - Bem apessoado, jovem, bonito, charmoso e gay. Anda sempre com
    roupas modernas e na moda. Tem várias amigas e quer sempre 'viver o
    momento'. Tenta sempre parecer alegre e de bem com a vida, mas, se está
    de mau humor, faz questão de anunciar para todo mundo. Não toma sorvete,
    porque tem que 'preservar a voz', mas fala sempre alto para ser ouvido do
    outro lado do bar. Malha regularmente, vai ao cabeleireiro e
    flerta com quem passar na frente.

    Contralto - Morena e muito alta. Não é muito bonita, mas se veste bem.
    Não gosta de sopranos, mas sua 'melhor amiga' é uma. Gosta muito de
    flores e usa um perfume forte, mas agradável. Meio desajeitada quando
    anda. Odeia saladas, mas está sempre cuidando
    do peso.

    Baixo - Alto, cabelo preto e parrudo. Ninguém sabe o que está se passando
    na cabeça de um baixo - se é que alguma coisa existe atrás daquele olhar
    perdido. Meio devagar, para falar a verdade. Quer sempre ajudar o
    próximo, mesmo que isso atrapalhe sua vida pessoal. Suas meias nunca
    combinam, mas adora fazer papel de 'vilão bem vestido' nas óperas. Come
    de boca aberta.

    Fagotista - Magro, cabelo encaracolado. É o típico sujeito normal.
    Curioso por natureza. Sempre simpático e atencioso. Também é muito
    misterioso: nunca ninguém foi à casa de um fagotista. Somente os outros
    sopros sabe o nome dele. Dedos longos e
    mãos finas. Lembra Sherlock Holmes no jeito de andar.

    Tubista - Sujeito acima do peso, loiro e com cabelo encaracolado. Pele
    oleosa e bochechas vermelhas, sua feito um porco quando toca. Ri de tudo,
    mas raramente entende uma piada. Gosta de comer bastante e não tem
    namorada.

    Flautista - É o violinista das madeiras, mas não tão metido. É
    perfeccionista, mas sabe que o mundo não é perfeito. Adora Debussy e fica
    horas ouvindo suas proprias gravações. Enxerido, dá palpite até no
    dedilhado do trompista. Vive num mundo à parte
    e cuida da flauta como se fosse sua filha. É o único que não acha o som
    do piccolo irritante.

    Clarinetista - É um cara engracado. Veste-se bem, mas não é vaidoso. Pode
    ser loiro ou moreno. Toca com as sobrancelhas e é mais esperto do que
    inteligente. Adora ficar chupando a palheta enquanto não toca, mas, se
    desafina, joga a palheta fora. Não
    agüenta mais tocar o início da Rapsody in Blue para os outros músicos
    atrás do palco.

    Percussionista - Magro com bracos longos, o percurssionista se gaba de
    tocar 'mais de 20 instrumentos diferentes' e 'tirar música de qualquer
    lugar', mas, por alguma razão incompreensível, sempre entra na hora
    errada - 'culpa da orquestra que está arrastando o tempo' ele diz. Toca
    bateria numa banda de garagem escondido e acha o Bolero de Ravel um saco,
    mas sempre fica nervoso antes de apresentá-lo. Nos ensaios é sempre o
    primeiro a ir para casa e nos concertos sempre o último e ainda fica
    resmungando por
    ter que 'desmontar' o 'equipamento'. Um cara legal que acha qualquer
    sinfonia clássica 'cachê fácil' e jura que existe uma técnica especial de
    se tocar triângulo.

    Trompista - Um cara discreto. Não fala muito. Tem trauma de falhar notas,
    por isso está sempre desmontando o instrumento para tirar a 'água'
    durante o concerto. A parte do palco em volta da sua cadeira está sempre
    molhada. É sempre o último a afinar o
    instrumento antes do maestro entrar e, de vez em quando, ainda toca um
    'Fazinho' durante os aplausos só para conferir. Está sempre olhando para
    o fagotista para saber a hora certa de entrar: afinal não consegue contar
    mais de 20 compassos em branco. Nunca reclama quando lhe chamam a
    atenção, mas é quase certo que faz gestos obcenos com a mão que está
    escondida no instrumento. Tem pesadelos antes de apresentações com
    o concerto para piano de Tchaikowsky.

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